segunda-feira

Pra começar, Clarice...

Desde que aprendi a ler, enfio a cara nos livros. E leio, e também escrevo, mesmo sem fazer muito sentido pra quem venha a ler também. Mas as palavras, por si só, são as definições que fazem a expressão. Eu adoro! Me relaxa.

Começo citando a última leitura, finalizada mês passado, de uma autora que me fascinou.: Clarice Lispector.

Água Viva se mostra uma divagação profunda do universo da autora. Uma linguagem que particularmente adoro, a forma de se desenvolver um texto através de relações paradigmáticas, partindo da própria essência de Clarice. Ela escreve com o existencialismo característico, e uma certa tendência ao sombrio que carrega em sua estilística.
Acho, e isso é uma opinião pessoal, que apesar de ser uma leitura rica em detalhes, cai em exagero esse universo cinzento de Clarice Lispector. De fato, ela devia ter sua inspiração "patológica" baseada em uma vida bastante conturbada, e sem entrar em detalhes nos problemas que a autora possa ter vivido.

Aliás, estava lendo que está sendo lançada uma tradução da biografia de Clarice Lispector, autoria de Benjamin Moser. Deve ser um mergulho de tirar o fôlego, entrar nesse mundo dela. Não espero a hora de folhear as páginas desse livro.

Enquanto isso, me distraio lendo Perto do Coração Selvagem - que até agora, não me atraiu tanto quanto Água Viva.

Rachel Fainbaum

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